| 12/06/2007 19h19min
O ex-presidente da Infraero Eduardo Bogalho Pettengill afirmou nesta terça-feira, na CPI do Apagão Aéreo, que os atrasos e cancelamentos de vôos que ocorrem desde a queda do vôo 1907 da Gol não foram causados por deficiência na infra-estrutura aeroportuária, que vem sendo planejada desde o início da década de 1970.
– O que houve foi a quebra, nos últimos cinco ou seis anos, das três maiores companhias aéreas do País, uma tragédia com o avião da Gol e um movimento já quase profissional [dos controladores de vôo] que resolveu fazer o apagão aéreo – definiu o major-brigadeiro que presidiu a estatal entre abril de 1998 e abril de 2000.
No entanto, o ex-presidente da Infraero considera preocupante a paralisação de obras em aeroportos, entre eles o de Guarulhos, em São Paulo.
– É possível tomar providências para que os projetos deslanchem. Se continuar parado, aí sim vai ser o caos – alerta.
Perguntado sobre a avaliação do serviço de navegação aérea, ele explicou que a Infraero só começou a assumir alguns serviços quando incorporou a Telecomunicações Aeronáuticas S.A. (Tasa), em 1995. Na sua avaliação, os equipamentos dos aeroportos onde a Infraero investe "estão muito bons".
Em relação à inadimplência nas companhias aéreas em pagamentos à Infraero, Pettengill disse que os atrasos no pagamento das tarifas aeroportuárias já ocorriam na época em que dirigiu a estatal. O major-brigadeiro lembrou que sugeriu ao conselho de administração da empresa que fosse proibida a decolagem de aviões de companhias que romperam acordos para pagamento das dívidas.
O ex-presidente da Infraero ainda afirmou ao relator, deputado Marco Maia (PT-RS), que não acredita ser possível a desmilitarização do controle aéreo a curto ou médio prazo, separando o controle de tráfego e a defesa aérea.
AGÊNCIA O GLOBO
Eduardo Bogalho Pettengill depôs à CPI do Apagão Aéreo na Câmara
Foto:
Edson Santos
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Agência Câmara
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