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 | 19/05/2007 20h17min

Em carta, deputado Pedro Passos nega pedido de propina

Parlamentar está sob custódia da Polícia Federal

A assessoria de imprensa do deputado distrital Pedro Passos (PMDB) divulgou neste sábado uma carta que teria sido ditada pelo parlamentar aos seus advogados. O parlamentar  foi preso na última quinta pela Polícia Federal na Operação Navalha, acusado de receber vantagens indevidas do dono de construtora.

Leia a íntegra:

1. Tenho muita fé e acredito que os injustamente "humilhados serão exaltados".

2. Agradeço imensamente a Deus por me dar força e saúde para suportar essa violência e injustiça que está sendo praticada contra mim.

3. Peço desculpas aos meus colegas deputados pelos constrangimentos trazidos à Câmara Legislativa e a todos, mesmo que o envolvimento do meu nome seja uma grande injustiça e covardia! Agradeço, desde já, àqueles que têm demonstrado a disposição de me dar a oportunidade de me defender pessoalmente e publicamente das acusações absurdas e estapafúrdias que estão, de forma covarde, sendo a mim dirigida.

Peço, apenas, a oportunidade de poder me defender publicamente o mais rápido possível. Tenho todas as provas e argumentos para refutar e contrapor de forma muito clara e contundente todas, absolutamente todas as acusações que a mim têm sido dirigidas de forma injusta e covarde.

Tenho certeza e tranqüilidade que na Justiça tudo será esclarecido e provado com muita clareza. Apenas, o rito judicial é muito lento, principalmente para o homem público: "parlamentares, membros do executivo, etc...".

A falta de informação da Polícia Federal e a impossibilidade de eu poder me defender, pessoalmente em público, têm gerado um conjunto de reportagens distorcidas e muito distantes da realidade dos fatos. Danosa à minha imagem e que, em nada, contribui para o esclarecimento dos fatos.

Por isso, apelo aos deputados que me dêem o Direito Constitucional de me defender, pessoalmente e publicamente, como prevê as prerrogativas concedidas aos parlamentares. Independente de qualquer juízo de valor posterior. Mas, pelo amor de Deus, permitam-me apenas contrapor as barbaridades e informações unilaterais manipuladas, que a mim injustamente e covardemente estão sendo dirigidas!

4. Peço também desculpas aos meus familiares, amigos e simpatizantes pelo constrangimento causado pela repercussão na imprensa de acusações sobre as quais não me é dado o direito de refutá-las e esclarecê-las junto à sociedade e aos meus pares da Câmara Legislativa. Sou inocente das acusações que me fazem! Tenho absoluta confiança na Justiça e em Deus, que terei a oportunidade de provar, ponto a ponto, cada uma das estapafúrdias e mentirosas acusações que venho sofrendo e que atingem a minha honra e a minha imagem de homem público.

Agradeço imensamente, desde já, às manifestações de apoio, solidariedade, amizade e empenho dos amigos, conhecidos, simpatizantes e familiares que a mim têm sido dirigidas.

5. Jamais cobrei ou pedi qualquer benefício ou vantagem pessoal por minhas ações como Secretário de Estado ou Parlamentar.

As acusações infundadas de cobrança de vantagens indevidas, por liberação de emendas, conforme grotesca e apressadamente conclui a Polícia Federal, trata-se, na verdade, do meu direito, como empresário, de cobrar uma dívida contraída por diretores da Gautama.

Diretores desta empresa compraram cavalos no leilão público que realizo, anualmente, há mais de 10 (dez) anos. Compraram, especificamente, vários animais no leilão ocorrido publicamente no início de dezembro de 2005 e, também, no leilão ocorrido no início de dezembro de 2006, nas duas oportunidades foram feitas vendas parceladas em 15 (quinze) meses. Portanto, eu os cobrei sim, inclusive cheques sem fundo que me passaram no início de 2006, e ainda me devem muitas parcelas pendentes. E vou continuar cobrando, até que me paguem o valor integral referente às compras ali efetuadas. Os cavalos vendidos foram entregues no ato do leilão e levados para as fazendas da Gautama. Portanto, eu cobrei e continuarei cobrando o que me é devido e de direito.

6. Algumas das informações veiculadas, produzidas, como frisei, unilateralmente, não condizem com a verdade dos fatos, pretendo desmenti-las com provas irrefutáveis e inquestionáveis publicamente.

7. As informações que passei aos dirigentes da Gautama, sobre questão envolvendo a obra do Rio Preto, se deram em função do meu entusiasmo e desejo de que essa obra seja realizada, pela sua importância ambiental e social relevantes para o Distrito Federal. Nunca prestei qualquer informação de forma ilegal ou imoral, nunca cobrei ou pedi qualquer favor ou benefício por prestar estas informações e esclarecimentos que me eram solicitadas por funcionários e diretores da Gautama. São informações públicas, notórias, fruto da minha função parlamentar. Toda e qualquer informação, esclarecimento e ação praticada em função de tentar viabilizar a obra se deu única e exclusivamente com o sentimento de que esta obra é muito importante socialmente e ambientalmente para o Distrito Federal.

8. Tenho todos os elementos, documentos, argumentos e provas para contrapor as acusações mentirosas que estão sendo dirigidas a mim, por meio de informações "produzidas" maliciosamente, de forma unilateral.

9. Por último, muito, muito obrigado pelo apoio, solidariedade, orações e todas as manifestações de carinho que tenho recebido. Desde já, mais uma vez, muito obrigado pelo apoio e confiança de todos! Não vou decepcioná-los, vou provar item por item, ponto por ponto, cada uma das afirmações mentirosas, manipuladas e produzidas unilateralmente contra mim!

Tenho certeza que não deixarei dúvidas ao provar a minha inocência com argumentos, fatos e provas concretas e irrefutáveis. Por favor, aguardem apenas que me seja dado o Direito Constitucional de me defender. Vou desfazer essa farsa e mentira ponto a ponto, como já disse, com documentos e provas irrefutáveis.


Atenciosamente,


Pedro Passos

 

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