Campeão olímpico em Barcelona com a seleção brasileira, Marcelo Negrão completará um ano no vôlei de praia em agosto, mas, desde o mês passado, vem recebendo propostas por clubes tanto do Brasil, quanto do Exterior, para retornar às quadras. Apesar de tentadoras, as ofertas ainda não o levaram a mudar de idéia. Virna, bronze nos Jogos de Atlanta e de Sydney, também. Desde o ano passado a jogadora está sendo assediada por equipes brasileiras. Nesta quinta, ambos desembarcarão em Palmas, no Tocantins, para disputar a sétima etapa do Circuito Banco do Brasil Vôlei de Praia - primeiro Challenger da temporada - e buscar seus primeiros títulos.

– Por estar jogando vôlei de praia desde o ano passado todo mundo fica sabendo que estou em forma. Fiquei bem interessado nas propostas, até porque o salário aqui no Brasil melhorou muito do tempo que eu jogava para cá. Mas a minha mulher Íris me incentivou a continuar porque tenho chances de continuar ainda por muito mais tempo na areia – afirmou Negrão.

– Ainda não tenho nem um ano no vôlei de praia. Acho estranho ganhar de uma dupla de ponta, e, de repente, perder para uma que está bem mais abaixo. Tenho que encontrar a constância do jogo – completou.

Virna já completou um ano no vôlei de praia em janeiro, mas admitiu que, logo estava recebendo propostas para retornar às quadras.

– Coloquei esse desafio na minha carreira: ser alguém no vôlei de praia. Enquanto não ganhar um título, não vou ficar contente. As dificuldades do dia-a-dia continuam me motivando – afirmou Virna.

Ao contrário de Negrão e Virna, a ex-líbero da seleção brasileira Andréia Teixeira está propensa a retornar às quadras.

– Apesar de estar sete anos sem disputar uma Superliga, não parei totalmente, e fiquei muito feliz em saber que lembram-se de mim e que ainda me valorizam. Fisicamente e mentalmente estou muito bem, e sei que ainda posso dar o máximo na quadra. Mas a decisão não depende só de mim, também tem o Kid (marido da jogadora) – disse Andréia, que já entrará em quadra amanhã, no qualifying de Palmas, ao lado da amazonense Mirlena, para disputar uma das quatro últimas vagas colocadas em jogo.

Quarenta e cinco duplas, 25 masculinas e 20 femininas, estarão disputando o qualifying na arena montada nas areias da Graciosa. As oito últimas vagas, quatro em cada categoria, serão definidas no início da tarde. Os classificados se juntarão às 24 parcerias já ranqueadas – 12 no masculino e 12 no feminino.

Além de Negrão e Virna, que estrearão em Palmas na sexta-feira, ao lado de seus respectivos parceiros, Xuxo e Sandra Pires, os destaques da competição nas areias da Graciosa são: Pedro Grael/Juca (RJ/BA), que lutará pelo bicampeonato, Thiago/Ricardo (PSC/PA), primeira colocada no ranking da etapa, Bruno Schmidt/Billy (DF/ES), Ângela/Vivian (DF/PA), terceira colocada na etapa de Brasília no mês passado, e Izabel/Taiana (PA/CE).