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Documento divulgado nesta quinta, 17 de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) aponta para um cenário macroeconômico mais positivo para o próximo, caso o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, vença a segunda etapa da disputa eleitoral. O estudo, considerado inconsistente por líderes do PT, justifica as projeções devido à maior "credibilidade internacional'' do tucano.
– O governo Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, do PT) não desfruta de uma credibilidade internacional grande – declarou Keyler Carvalho Rocha, diretor técnico do Ibef.
De acordo com a pesquisa, feita entre os dias 1º e 14 de outubro com cerca de mil executivos, a "comunidade de negócios'' projeta o dólar a R$ 4,06 no dia 31 de dezembro de 2003, no caso de um governo petista. Em uma eventual administração serrista, o câmbio estimado é de R$ 3,38. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seria de 1,65% em 2003 no governo de Lula e de 2,58% no de Serra.
O senador eleito do PT por São Paulo Aloizio Mercadante questionou a "consistência'' do documento:
– Acaba sendo mais um material de propagada da candidatura Serra do que uma projeção consistente para o futuro – disse o senador a jornalistas, em São Paulo.
– Se fizer uma pesquisa deste tipo com economistas do PT vai dar o contrário. Vai dar um cenário melhor com o Lula. Eu quase achei que tinha sido feito no comitê do Serra – completou Mercadante.
Em contrapartida, para o diretor técnico do Ibef, a pesquisa revela "o que todo mundo pensa'':
– Se você perguntar para uma pessoa na rua, ela vai te dar dois cenários iguais? Isso é o que todo mundo pensa. Só a decodificação que é diferente – argumentou.
O estudo aponta que no governo Lula a inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) seria de 14,26% ao ano. Na administração de Serra, seria de 9,02 % ao ano.
De acordo com o levantamento do Ibef, caso o PT ganhe a Presidência, o risco Brasil deve ser de 2.085 pontos-básicos e a Selic (taxa básica de juros), de 17,13% ao ano. No governo Serra, o risco seria de 1.388 pontos básicos e os juros de 16,35% ao ano. O salário mínimo somaria R$ 252 na administração Lula e R$ 231 no governo Serra.
O diretor técnico do Ibef lembrou, entretanto, que trata-se apenas de um ``cenário''.
– Ninguém tem bola de cristal. No momento atual, não dá para afirmar quase nada, mas precisamos de perspectivas para projetar nossos gastos, investimentos – finalizou o executivo.
As informações são da agência Reuters.
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