Revoltados com a queda de rendimento do time, um grupo de cerca de 30 torcedores do Grêmio driblou a segurança e invadiu as dependências do Estádio Olímpico na tarde desta terça para protestar. Eles cobraram mais empenho dos jogadores, que treinavam no gramado suplementar.

– Vamos colocar o pé na bola – gritaram os torcedores, que chegaram a arremessar cerveja em um cinegrafista da RBS TV.

Apenas três jogadores trabalhavam no gramado suplementar: o volante Edmilson e o atacante Douglas, que se recuperam de lesão, e o atacante Amoroso, recém-contratado. O restante do grupo, que efetivamente têm jogado, estava dentro do vestiário.

Para evitar maiores problemas, a direção do Grêmio reforçou a segurança e pediu auxílio da Brigada Militar. Como alguns torcedores se negaram a deixar as dependências do Estádio Olímpico, os dirigentes preferiram manter a diplomacia e não solicitaram a ajuda da polícia para expulsar os manifestantes.

O vice-presidente do Grêmio, César Pacheco, esteve em contato direto com os torcedores. Segundo o dirigente gremista, o jogador que quiser poderá conversar com os manifestantes.

– Nós não podemos obrigar os jogadores a falar com os torcedores. A liberdade dentro do Grêmio é total. Os jogadores falam apenas se quiserem.

César Pacheco não acredita que os manifestantes tentem usar a violência contra os atletas do Grêmio.

– Não vejo nenhuma violência na manifestação deles. Ninguém quer agredir os jogadores. Se alguém fizer isto, provará que não é gremista. Estão fazendo uma manifestação pacífica – encerrou César Pacheco.