A votação das medidas provisórias (MPs) do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pode ser concluída na semana que vem. A expectativa é do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, que participou, nesta tarde, de debate sobre as propostas do PAC em São Bernardo do Campos (SP).

– O PAC representa a primeira estratégia de investimentos globais em infra-estrutura e planejamento do País – disse o presidente da Câmara, que ressaltou os três eixos do programa: redução de despesas, melhoria do ambiente de negócios e obras – disse o deputado.

Chinaglia defendeu ainda a união de setores da sociedade civil para pressionar a Câmara, de forma positiva, pela implantação do PAC:

– É importante que a sociedade pressione os deputados para que eles atentem para a importância desse programa. Assim, a oposição, que faz um trabalho de obstrução ao plano, como é o caso dos Democratas (antigo PFL), poderá refletir melhor sobre o projeto.

O presidente da Câmara acrescentou que é importante regionalizar a discussão "porque gera mais pressão. Segundo ele, a burocracia no Brasil atrasa muitos processos, e essa pressão é muito saudável.

No evento, Chinaglia fez palestra com o tema O andamento das medidas legais do PAC no Congresso. O presidente explicou à platéia de cerca de 500 pessoas o trâmite de cada uma das MPs do PAC e as dificuldades na negociação das matérias.

Ele também criticou a postura dos deputados e senadores que fazem oposição ao governo Lula em relação ao PAC.

– Enviamos nove medidas provisórias para votação, e queríamos votá-las antes que chegasse o prazo em que elas trancariam a pauta. Conseguimos aprovar cinco, mas aí veio a oposição com a questão da CPI da crise aérea – lamentou.

AGÊNCIA CÂMARA