| 02/04/2007 07h48min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou grave e irresponsável a paralisação dos controladores de tráfego aéreo na última sexta-feira (30). O protesto da categoria parou 67 aeroportos comerciais do país, de acordo com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
– Eu acho muito grave o que aconteceu, acho grave e acho irresponsabilidade pessoas que têm funções que são consideradas essenciais e funções delicadas, porque estão lidando com milhares de passageiros que estão sobrevoando o território nacional – afirmou.
Segundo o presidente, se as pessoas querem discutir aumento de salário, devem discutir, mas sem prejudicar o ser humano.
– Se quiserem prejudicar o governo, que prejudiquem, mas não prejudiquem a sociedade – disse hoje no programa semanal de rádio Café com o Presidente, insinuando que poderia haver motivação política por trás dos protestos.
– A gente não pode ficar assistindo na televisão todo
dia milhares de pessoas sofrendo, esperando
cinco ou seis horas, passando privações, pessoas sofrendo, pessoas chorando porque uma categoria se dá o direito de poder fazer isso. Eu acho que todo trabalhador tem direito a aumento de salário, todo trabalhador tem direito de reivindicar, mas é importante lembrar que, quando eu era dirigente sindical algumas empresas entravam em greve, o setor considerado essencial na empresa a gente acordava com o dono da empresa que aquele setor não iria parar, por uma questão de responsabilidade – afirmou.
Lula afirmou que se reunirá hoje com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, e com o ministro da Defesa, Waldir Pires, em busca de uma solução para o setor.
– Eu acho muito grave o que aconteceu, acho grave e acho irresponsabilidade pessoas que têm funções que são consideradas essenciais e funções delicadas, porque estão lidando com milhares de passageiros que estão sobrevoando o território nacional – completou.
Para acabar com o protesto dos
controladores, o governo aceitou as
exigências da categoria de rever salários, criar um plano de carreira, discutir a retirada da função da área militar e cancelar todas as transferências de operadores para outras cidades, feitas nos últimos seis meses, que eram vistas pela Associação dos Controladores de Vôo como uma forma de retaliação aos grevistas.
Ficou acertado também encontro nesta terça com os controladores para debater como será o processo de retirada do cargo da carreira militar, o valor da gratificação salarial e o plano de carreira.
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