| 09/03/2007 20h33min
O PMDB realiza sua convenção nacional neste domingo, em Brasília, para eleger a nova direção do partido. O atual presidente da legenda, deputado Michel Temer (SP), em chapa única, deverá ser reeleito para comandar o partido por mais dois anos.
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim lançou sua candidatura para disputar com Temer, mas renunciou, apesar do apoio da maioria dos governadores e da quase totalidade dos senadores.
A disputa pelo comando do partido vai afastar da convenção figuras importantes como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
– Nossas divergências são políticas. Não há nada de pessoal. Apoiei a candidatura de Nelson Jobim, estou solidário a ele. Não irei à convenção – anunciou.
Segundo ele, o PMDB precisa se revitalizar e o atual comando da legenda está há oito anos controlando o partido.
– Existem divergências de pessoas entre os que estavam com Jobim e os que estão com Temer – acrescentou Calheiros.
Apesar da disputa interna por mais espaço no partido, os dois lados estão juntos no apoio ao governo do presidente Lula. Renan Calheiros garantiu que continua firme trabalhando para garantir a governabilidade, ajudando o governo na aprovação de propostas no Senado. Afirmou que não pode e não vai tentar impedir que ex-apoiadores de Jobim compareçam à convenção de domingo. Temer também garantiu que o PMDB está firme no governo de coalizão.
Segundo Temer, o novo Diretório Nacional do PMDB que disputa a eleição no domingo, com 119 membros, terá todos os governadores, à exceção de Roberto Requião, do Paraná, que indicou o irmão Eduardo Requião para a chapa, e sete dos 20 senadores da legenda.
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