| 08/03/2007 20h52min
A Ouvidoria das Polícias Militar e Civil de São Paulo irá pedir a abertura de um inquérito para questionar o comportamento da polícia durante a manifestação contra a visita do presidente norte-americano George W. Bush em São Paulo.
– A polícia deveria se comportar como se comportou no ano passado durante a revolta da torcida do Corinthians no Pacaembu: conseguir o controle sem o uso de armas – afirmou o ouvidor Antonio Funari.
As autoridades também querem investigar porque a maior parte dos policiais militares da tropa de choque não usava tarjeta de identificação, como é obrigatório. O coronel da Polícia Militar Aylton Araújo Brandão, um dos três comandantes da ação, afirmou que os policiais perderam as tarjetas no corpo-a-corpo com os manifestantes.
– Elas caem facilmente, é de velcro – acrescentou.
A manifestação fechou parte de uma das vias da Avenida Paulista. Ao se aproximar do Museu de Arte de São Paulo (Masp), os dois lados da avenida começaram a ser ocupados pelo excesso de pessoas. A Polícia Militar estima que seis mil pessoas estavam no protesto, enquanto os organizadores falam em 20 mil pessoas. Pelo menos seis manifestantes ficaram feridos.
Na parte da frente da manifestação estavam mulheres, muitas delas em cadeiras de rodas. Os policiais se concentraram em uma rua perpendicular à Avenida Paulista e, assim que a manifestação começou a tomar o outro lado da avenida, impedindo a passagem de carros, teve início a confusão.
A polícia disparou bombas de gás lacrimonêgeo e balas de borracha em direção às mulheres e sob a marquise do Masp, onde havia aglomeração de pessoas.
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