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O ministro da Fazenda, Pedro Malan, criticou nesta quarta-feira, 2 de outubro, referências saudosistas feitas recentemente no país ao modelo de desenvolvimento adotado nos anos 50, ressaltando que, há cinco décadas, o Brasil era uma outra Nação, muito mais fechada economicamente e essencialmente rural.
– Vejo com frequência lembranças de um passado que não volta. Temos que pensar o Brasil no mundo do século 21 – afirmou Malan em palestra feita no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), quando insistiu que os complexos problemas do país não serão resolvidos com "voluntarismo'' ou ''messianismo salvacionista''.
Nesta campanha eleitoral, os candidatos à Presidência, tanto da oposição como do governo, exploraram exaustivamente a imagem do ex-presidente Juscelino Kubistchek, que governou o país entre 1956 e 1960 com o lema desenvolvimentista "Cinquenta anos em Cinco''.
Sem fazer referência a nomes de candidatos, Malan afirmou, ainda, que qualquer nova administração do país terá de lidar com interesses corporativos que muitas vezes se opõem a políticas sociais progressivas, atrasando o processo de redução das desigualdades.
Durante a solenidade no Ipea, em que se comemorou os 38 anos da instituição, Malan foi convidado pelo presidente do instituto, Roberto Martins, a reintegrar o quadro do órgão, onde o ministro iniciou sua carreira de servidor público nos anos 70.
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