Pelo menos 130 empregados da granja inglesa em que foi detectado um foco de gripe aviária serão dispensados por conta da queda nas vendas de produtos da empresa dona do local, informaram hoje os sindicatos.

Segundo um porta-voz do Sindicato Geral e do Transporte, a Bernard Matthews, uma das maiores empresas do setor no Reino Unido, informou a seus trabalhadores que até 500 deles poderiam ser afetados pela medida.

O representante sindical disse que 130 empregados já deixarão de trabalhar na granja de Great Witchingham, em Norfolk (leste da Inglaterra), a partir de amanhã, durante um período de 20 dias.

Um porta-voz da empresa confirmou a dispensa, mas não entrou em detalhes sobre como ou quando a mesma ocorrerá.

– Foi uma decisão muito difícil, mas, sob as atuais circunstâncias, após uma queda nas vendas, era a única opção possível – explicou.

O ministro de Meio Ambiente e Assuntos Rurais do Reino Unido, David Miliband, destacou hoje que persiste o risco de novos focos de gripe aviária surgirem, depois do detectado no último dia 3 na granja de perus da Bernard Matthews, que tem sua sede em Suffolk (sul da Inglaterra).

Miliband disse que as restrições estabelecidas na propriedade avícola só deverão ser suspensas na segunda semana de março, como medida de precaução.

O ministro reiterou que a importação de perus da Hungria parece ser a causa mais provável do foco da doença, apesar de os especialistas não descartarem outras possibilidades.

Miliband frisou que o risco de os empregados da granja terem se contaminado é "muito baixo" e que a carne de peru bem cozinhada não apresenta perigo algum aos consumidores.

O caso britânico é o segundo da cepa H5N1, responsável pela morte de mais de cem pessoas no mundo, registrado na União Européia (UE) este ano, após outro detectado na Hungria.

AGÊNCIA EFE