A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou neste domingo que uma jovem nigeriana de 22 anos que morreu em meados de janeiro em Lagos, na Nigéria, foi vítima do vírus H5N1 da gripe aviária. O caso é o primeiro de uma pessoa que morre por causa da doença em toda a África Subsaariana, a região mais pobre do mundo.

Os primeiros testes a darem positivo, feitos no país após a morte da mulher, foram confirmados por um laboratório em Londres especializado em gripe aviária e considerado de referência pela OMS.

A agência sanitária das Nações Unidas também informou que a análise de todas as amostras tiradas das pessoas que estiveram em contato com a vítima deu negativo. O órgão acrescentou que novos testes estão sendo feitos para identificar a origem da infecção.

Após a confirmação inicial do caso, no dia 31 de janeiro, o governo de Lagos informou que o vírus da gripe aviária continuava se propagando no país e já se encontrava em 19 de seus 36 estados, assim como na capital Abuja. Em virtude do alerta, as autoridades reforçaram a vigilância e o controle em todo o país.

Após a aparição do vírus H5N1 na Nigéria, a cepa também foi encontrada no Níger, no Egito, em Burkina Fasso, em Camarões e em Djibuti, embora só em aves.

A OMS lembrou que os casos da doença em humanos estiveram relacionados à manipulação de aves doentes ou mortas para uso culinário.

– Estas práticas representam o maior risco de infecções humanas e devem ser evitadas. Quando se manipula um frango ou outro tipo de ave crua, viva ou morta, é imperativo desinfetar as mãos e as superfícies utilizadas com água e sabão – recalca a organização.

AGÊNCIA EFE