| 15/12/2006 22h56min
Romário encerrou sua curta passagem pelo Adelaide United nesta sexta com um gol, faltando apenas 13 para completar o almejado milésimo, mas a aventura na Austrália pode custar caro ao Baixinho. Isso porque a Fifa, entidade máxima do futebol mundial, proíbe que um jogador atue por mais de duas equipes de países diferentes no período de um ano.
Segundo o Regulamento de Registro e Transferência de Jogadores da Fifa, no artigo 5, parágrafo 3, “jogadores só podem ser registrados por no máximo três clubes durante o período de 1 de julho até 30 de junho do ano seguinte. Durante esse período, o jogador só está elegível para jogar partidas oficiais por dois clubes”.
A regra da entidade proíbe um provável retorno do jogador ao futebol brasileiro, visto que Romário defendeu o Miami FC e o Adelaide. Com isso, o atacante poderia acertar o seu retorno a qualquer uma das duas equipes. Um outra solução é acertar contrato com um time brasileiro, mas para atuar apenas no segundo semestre.
Caso Romário descumpra a medida, seria punido pela Fifa. A entidade não costuma punir os clubes em situações como essas, visto que a possível “nova casa” do atacante receberia o Certificado de Transferência Internacional (CTI), viabilizando a inscrição. Parte do atleta a responsabilidade de avisar o time.
A CBF, por enquanto, ainda não tem opinião formada sobre o caso do Baixinho. Precisaria da papelada do jogador para dar seu parecer sobre a inscrição.
– Onde ele está jogando? Se vier um pedido, nós teremos que analisar. Nós mandamos o caso para o departamento jurídico e eles avaliam a situação dele – reconheceu Luis Gustavo Vieira de Castro, chefe do departamento de registros da entidade.
Em entrevista à Rádio Tupi, o vice-presidente jurídico do Vasco, Paulo Reis, também promete analisar a situação com calma. O clube de São Januário é o destino mais provável de Romário em 2007 (mesmo com a concorrência de Cene e Bragantino) e o dirigente pede calma.
– As pessoas são açodadas em dar consulta e informações para tentar trazerem para si a competência ou algum tipo de confiabilidade em suas informações. Escutaram e saem falando, mas não vamos pactuar com isso. O Vasco analisará detalhadamente essa situação e, em cima disso, iremos nos posicionar. Não temos pressa, como alguns têm tido em dar seu posicionamento – disse Reis.
O dirigente confirmou que há interesse do Baixinho jogar na Colina.
– Vamos verificar. Se houver uma saída, Romário firmará o contrato dele com o Vasco e participará do Campeonato Carioca, como o nosso presidente (Eurico Miranda) adiantou. Quando o Vasco tomar algum tipo de posição, será totalmente embasado na lei. Devemos ter cautela para tomar qualquer posição e dar qualquer declaração nesse sentido – concluiu.
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