| 12/12/2006 17h51min
O ministro da Defesa, Waldir Pires, negou nesta terça-feira que a causa da atual crise na aviação brasileira tenha qualquer ligação com um possível contingenciamento no setor. Ele disse que, nos últimos anos, não houve contigenciamento de recursos para a área. Ele reconheceu, no entanto, que a crise na aviação civil pode ter sido causada por problemas de gestão da manutenção do sistema aéreo. E voltou a afirmar que o governo está tomando todas as providências necessárias para solucionar tais problemas.
– Em 2005, não fizemos contingenciamentos. Em 2004, o contingenciamento foi de quase nada. Em 2006, foi zero. De forma que não há problemas neste sentido. Temos recursos e estamos adotando todas as medidas necessárias. Expus isso tudo em audiência ontem com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes – afirmou Pires, em entrevista à imprensa, depois de encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
Pires lembrou que, nos últimos dias, todos os órgãos envolvidos com a aviação brasileira estão “marchando” para que haja uma formulação de consenso, o quanto antes.
– Estamos fazendo de tudo para que haja pleno entrosamento de todas as áreas civis e militares. Um pleno entrosamento para servir o país, os cidadãos – disse.
Ao ser indagado sobre uma possível declaração sua ao ministro Augusto Nardes, de que só reza resolveria o problema da aviação brasileira, conforme noticiou segunda-feira a imprensa, Waldir Pires explicou:
– Eu disse apenas acreditar que tudo vai ocorrer bem no final de ano, se Deus quiser. Isso quer dizer que estamos fazendo a nossa parte, mas que também pedimos a Deus que nos ajude.
Sobre a possibilidade de continuar à frente da pasta da Defesa, Waldir Pires reafirmou que a decisão cabe ao presidente da República.
Desde o final de outubro, os passageiros têm enfrentado constantes atrasos nos principais aeroportos do país. Inicialmente, os problemas foram causados pela operação padrão desencadeada pelos controladores de tráfego aéreo. Na última semana, houve novamente grande tumulto nos aeroportos, desta vez causado por pane na comunicação entre os controladores do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta 1) e os pilotos.
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