O Milan, garantido nas oitavas da Liga dos Campeões como primeiro colocado da chave H, enfrenta nesta quarta no Estádio San Siro o Lille, da França, que precisa da vitória. Para avançar como segundo colocado do grupo, o time francês precisa vencer o Milan e torcer por um resultado melhor que o do AEK Atenas, atual segundo colocado, em sua visita ao lanterna Anderlecht.

Em caso de empate, o Lille avançaria por ter melhor saldo de gols nos confrontos com os gregos. Porém, o clube da França também corre o risco de perder a terceira colocação - que dá acesso à Copa da Uefa -, se perder para o Milan e o Anderlecht vencer, também pelo saldo.

A situação é ainda pior que na temporada passada, quando o Lille jogava suas chances de classificação fora de casa contra o Villarreal. Naquela partida, o time só precisava de si mesmo e encarava um adversário teoricamente mais tranqüilo. Agora a equipe deve superar a tradição do Milan, fora de casa, e esperar que os gregos tropecem contra os belgas.

Para piorar, o time não terá o goleiro senegalês Tony Sylva, com uma lesão num dedo, além de Dumont, Franquart e Audel. Tafforeau também é dúvida.

Por outro lado, o técnico Claude Puel promoverá a volta do zagueiro brasileiro Rafael Schmitz, poupado do último jogo do time, e dos jogadores Eita e Odemwingie.

No Milan, a principal preocupação é não jogar para as arquibancadas vazias. Por isso, a diretoria do clube colocou o preço das arquibancadas a apenas um euro para quem já tem carnês.

A equipe joga sem preocupação, mas uma vitória seria boa para aplacar a ira da torcida, revoltada com a campanha irregular do time na temporada. O zagueiro Paolo Maldini, capitão da equipe, pode atingir a marca histórica de cem jogos pela Liga dos Campeões.

O técnico Carlo Ancelotti deve mandar a campo um time repleto de reservas. Um dos titulares que pode estar em campo é o brasileiro Kaká, ausente da última partida do time por um problema físico.