Com uma goleada de 6 a 0 sobre o Vitória, o Criciúma garantiu neste domingo, dia 26, o título de campeão da Série C de 2006 faltando ainda uma rodada para o encerramento da competição. Um público de 15 mil pessoas compareceu ao Estádio Heriberto Hülse para fazer a festa do título. A equipe do técnico Guilherme Macuglia chegou aos 30 pontos e não pode mais ser alcançada pelo Ipatinga (MG), vice-líder com 24 pontos.

O Tigre encerra a sua participação na Série C na próxima quarta-feira, contra o Bahia, em Salvador, na Fonte Nova. O tricolor baiano não tem mais chances de subir à Série B. O rival Vitória, apesar da goleada sofrida, garantiu uma vaga.

Este foi o terceiro título nacional do Criciúma, clube que detém as maiores conquistas do futebol catarinense. Dos jogadores que conquistaram a Série C, cinco são remanescentes do time campeão da Segunda Divisão em 2002: Dejair, Fabiano, Luciano, Delmer e Douglas. O principal título do Tigre é o de campeão da Copa do Brasil em 1991.

Além dos muitos gols, a partida deste domingo teve também muita chuva. A água deixou o gramado escorregadio, mas não desanimou o torcedor. O Vitória bem que tentou assustar com o primeiro chute do jogo, aos 40 segundos, mas foi só.

O Criciúma se organizou e abriu o placar a nove minutos com um golaço. Leandro Guerreiro roubou a bola na intermediária do Vitória, avançou e acertou um chute no ângulo superior direito do goleiro Emerson, que ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.

Como acontece numa decisão, os ânimos exaltados originaram duas confusões. Na segunda delas, aos 14, Leandro Guerreiro levou uma cotovelada e provocou a expulsão de Leandro Domingues, o principal jogador do Vitória. Com um a mais, o Tigre chegou ao segundo gol em um lance de insistência e garra.

O ala Alex Sandro recuperou a bola na ponta direita e tocou para Marcelo Rosa concluir. O goleiro soltou a bola, e Alex Sandro completou para o gol. Aos 38, o ala fez novo cruzamento e Beto marcou o quarto gol, de carrinho. A etapa inicial ainda reservou o quinto gol, numa cobrança de falta executada com perfeição por Fernandinho.

No segundo tempo, o Criciúma manteve o espírito de decisão, com segurança na zaga, já que o Vitória esboçou uma reação. O torcedor reagiu aos 29 minutos, com uma falta nas proximidades da área do Vitória. O goleiro Zé Carlos cruzou o campo para cobrar a falta. O chute colocado premiou a ousadia porque o goleiro Emerson soltou a bola, que entrou no gol vazio.

O placar poderia ter sido mais elástico, já que aos 32, o meia meia Marcelo Rosa desperdiçou uma cobrança de pênalti.