| 13/11/2006 15h49min
Na solenidade de inauguração da segunda ponte sobre o Rio Orinoco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, nesta segunda-feira, um discurso duro, no qual criticou as elites políticas, os banqueiros e a imprensa brasileira. Falando para milhares de correligionários do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Lula afirmou que os dois são vítimas de preconceito, mas que a mesma sensibilidade que teve o povo brasileiro para reelegê-lo irá, também, refletir-se no eleitorado de Chávez para consolidar sua reeleição na Venezuela.
– Nós somos vítimas de preconceito de pessoas que governaram nossos países por séculos e séculos e não aceitam que pessoas que querem cuidar do povo governem o país. Essas pessoas se acostumaram a governar para poucos – afirmou Lula em seu discurso.
A inauguração da ponte se transformou em grande ato de campanha de Chávez. Eleitores do presidente venezuelano congestionaram a pista de acesso à ponte. Vestindo camisas vermelhas, chegaram ao local em carros particulares, ônibus, caminhões e a pé. O engarrafamento bloqueou a passagem da comitiva brasileira a cerca de 1,5 quilômetro do evento.
O governador Blairo Maggi (PPS-MT), o governador eleito Eduardo Campos (PSB-PE) e o senador Bispo Crivela (PRB-RJ), acompanhados de assessores da presidência, caminharam por cerca de 20 minutos para chegar ao local do evento. Pelo caminho cruzaram com correligionários de Chávez, que gritavam palavras de ordem:
– Uh ah! Chavez não se vá! e diez! – em referência às intenções do venezuelano de obter 10 milhões de votos.
Depois da inauguração, Lula e Chávez seguem para o campo petrolífero de Carabobo para acompanhar a certificação de poços, uma parceria entre a venezuelana PDVSA e a Petrobras. Chávez negou que o evento fosse de campanha e disse que a única campanha que fazia era pelo Mercosul.
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