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 | 02/11/2006 21h05min

Sindicalista diz que crise aérea custará a normalizar

Principal motivo das confusões seria acidente da Gol com Legacy

A crise no controle do espaço aéreo Brasileiro levará tempo para ser solucionada, de acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, José Carlos Botelho. Segundo ele, a atual restrição do número de vôos controlados simultaneamente por cada operador não se trata de uma operação padrão, mas à falta de profissionais e ao tempo de reposição.

As regras internacionais determinam 12 vôos por controlador.

– Os setores estão fechados porque não temos operadores suficientes. O problema maior está na área de centro de controle, em que a operação é mais complexa, exigindo que o operador seja experiente – explicou.

– Em São Paulo, por exemplo,  temos 30 pessoas recém saídas da escola que não podemos de maneira nenhuma colocar para operar o radar. Eles precisam de tempo para ganhar experiência – exemplifica.

O presidente do sindicato disse que o problema da falta de pessoal foi agravado pelo afastamento de controladores envolvidos no acidente com o Boeing 737-800 da Gol e o jato Legacy.

– A partir do momento em que 18 controladores não puderam mais trabalhar, por questões psicológicas, não tínhamos mais homens para substituí-los. Essa é a razão do caos. E essa situação não se limita à Brasília, mas ocorre também em São Paulo, no Rio de Janeiro e em vários outros locais – concluiu.

AGÊNCIA BRASIL
 

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