Depois da derrota de ontem para o Figueirense, em casa, o Grêmio ainda tem algum motivo para ficar animado. Além das derrotas dos concorrentes Santos e Vasco, o time vai para o Gre-Nal com dois reforços certos: o meia Hugo e o lateral-esquerdo Bruno Teles, que cumpriram suspensão nesse meio de semana.

A possibilidade de o meia Leo Lima, o zagueiro Evaldo e o goleiro Marcelo Grohe estarem no grupo que participa da partida proporcionará algo raro. O Tricolor teria time completo, com todos os jogadores considerados titulares. Os atletas, que se recuperam de lesões, trabalharam bem na manhã desta quinta e serão reavaliados.

A maior preocupação do momento – além do adversário, evidentemente – é saber o que o árbitro Cleber Assunção Gonçalves colocou na súmula do jogo de ontem. Objetos teriam sido atirados da arquibancada nos jogadores do time catarinense. O auxiliar técnico Sidnei Lobo, que substitui Mano Menezes e foi expulso ontem, não será julgado até o fim de semana e estará à beira do campo.

Com o mau desempenho de ontem, o clássico do próximo domingo virou jogo de recuperação para o Grêmio. O Tricolor precisará vencer por dois motivos: para terminar o campeonato à frente do rival e para garantir a vaga na Libertadores. Para o presidente, Paulo Odone, entretanto, o objetivo do time é um só:

– Temos a meta de entrar na Libertadores. Eu estou focado na Libertadores. Queremos montar um time forte para o ano que vem, e sei que a minha torcida responde.

Odone nega uma competição paralela entre os times porto-alegrenses no campeonato. Para ele, isso só interessa ao adversário.

– O Internacional não tem mais muito o que fazer nesse campeonato, está ficando difícil buscar o São Paulo. A meta deles parece ser chegar na frente do Grêmio, por causa da rivalidade que a gente tem – afirma o presidente.

O dirigente tricolor não tirou a importância do Gre-Nal, que segundo ele, será ainda mais atrativo, devido à boa colocação dos clubes. Lamentou apenas a escalação do árbitro Carlos Simon, que teve "atuação desastrosa" no último clássico, disse. Para ele, seria melhor um árbitro de fora do Estado.