O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, adotou um discurso menos agressivo neste sábado em Porto Alegre. Em comício na capital gaúcha, ele afirmou que acredita que o cenário eleitoral pode ser revertido. O tucano declarou que, a oito dias do segundo turno, crê em uma possível virada e que ela iria começar pelo Rio Grande do Sul.

– O PT teve a sua chance e jogou fora – disse o candidato, que evitou falar de novos desdobramentos do caso dossiê e da reportagem da Veja sobre o suposto investimento da Telemar de R$ 15 milhões na Gamecorp, empresa da qual Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é sócio.

Em uma coletiva, pouco antes do comício, Alckmin declarou não ter visto a revista. Na chegada ao pavilhão, localizado em frente ao Aeroporto Salgado Filho, onde foram realizados os discursos ocorreu tumulto. O candidato acompanhado do governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves, e do governador eleito de São Paulo, José Serra, atravessou o local, por entre o público, para chegar ao palco. Os seguranças tiveram dificuldades em conter os militantes. 

O candidato tucano disse ainda que se comprometerá em "acabar com a praga da corrupção", fazer o governo funcionar, "que não seja apenas para os amigos ou companheirada", e melhorar a educação e saúde. Ele não deixou de comentar o desempenho da campanha da candidata ao governo do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius.

Ao término do comício, foi tocado o hino do Rio Grande do Sul. Apenas José Serra sabia a letra e cantou até o fim. Alckmin e Aécio embarcaram ainda nesta noite para o Rio de Janeiro. Serra viajou para São Paulo.