| 20/10/2006 07h59min
Apontado pela Polícia Federal do Cuiabá como o suposto dono de pelo menos R$ 5 mil do R$ 1,7 milhão apreendido com petistas para comprar um dossiê contra tucanos, Antônio Petrus Kalil, o Turcão, um dos maiores bicheiros no Estado do Rio entre as décadas de 60 e 90, disse ontem não ter participação no caso.
Aos 81 anos, ele disse ter ficado surpreso ao ouvir seu nome durante entrevista do delegado Diógenes Curado, da Polícia Federal, na noite de quarta-feira: – Não sei de onde tiraram meu nome. Não fiz qualquer tipo de pacto envolvendo esse dossiê e também não fui procurado por ninguém. Estou aposentado e, devido ao meu estado de saúde, saio muito pouco de casa – afirmou Turcão. O relatório do delegado Diógenes Curado conclui que R$ 5 mil do dinheiro apreendido com os petistas têm origem em uma das bancas do jogo do bicho em uma área que seria controlada por Turcão. Entre as notas apreendidas, havia as anotações “118 - Caxias” e “119 - Cpo Grande”, que a polícia interpretou inicialmente como sendo de agências bancárias e, mais tarde, como sendo códigos usados pela contravenção e que indicariam bancas de bicho do bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e de Caxias. Turcão, no entanto, disse que nunca controlou o jogo nesses locais: – Nunca tive qualquer negócio nesses lugares. Nada. Também não conheço esses códigos e não tenho idéia do que seja isso – disse, negando ainda que a Polícia Federal tenha feito qualquer apreensão em seus imóveis ou negócios. AGÊNCIA O GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.