O Ministro da Defesa, Waldir Pires, disse hoje no Rio de Janeiro que o transponder do jato Legacy não estava funcionando na hora do choque com o Boeing da Gol. O acidente ocorreu em Mato Grosso no final de setembro, matando 154 pessoas.

No entanto, conforme o site G1, o ministro disse que não há confirmação “se ele estava desligado ou se havia uma interrupção decorrente de uma pane no avião”. O transponder é um equipamento instalado em aviões que funciona como um radar que detecta a presença de outras aeronaves que estejam voando no mesmo perímetro.

Segundo o Ministro, o exame das caixas-pretas indica que houve comunicação entre o piloto e a torre de controle de Brasília, mas que “não há nenhum diálogo entre os pilotos do Legacy e o controle aéreo de Brasília que pudesse significar ou resultar numa autorização para que o jato mudasse o plano de vôo ou permanecesse a 37 mil pés”.

Ainda conforme o site, a análise da caixa-preta teria indicado que piloto e torre de controle se falaram “num diálogo que mostrava que o Legacy estava voando em altitude normal”. O ministro contou que a aeronave vinha de São José dos Campos em direção à Brasília a 37 mil pés, mas em seguida não há mais contato.

Sobre a possibilidade de o piloto norte-americano não ter entendido que ele deveria descer para 36 mil pés, como era previsto no plano de vôo entre Brasília e Teres, o ministro Waldir Pires respondeu que prefere não fazer julgamentos. No entanto, ressaltou que a primeira posição do piloto é de cumprir o plano de vôo.

O Ministro da Defesa afirmou ainda que o Boeing 737 da Gol teve não apenas a asa direita danificada pelo Legacy, mas também a cauda, o que até agora não tinha sido confirmado.