O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na manhã deste domingo de um ato de campanha em comemoração ao Dia do Professor. Com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), Lula discursou para uma platéia de cerca de 40 professores do ensino básico. Usando o bordão de um de seus adversários no primeiro turno das eleições, o senador pedetista Cristovam Buarque (DF) – ex-ministro da Educação de seu governo – Lula disse que sonha em ver o dia em que a educação seja considerada prioridade no país.

Lula citou ações de seu governo como o aumento do número de anos de estudo de oito para nove anos, e disse acreditar que em breve todos os professores poderão ter um computador pessoal e que a categoria tenha finalmente um piso salarial nacional.

O presidente fez promessas, no entanto, relativas ao ensino superior, como o ingresso de 300 mil alunos no Prouni ( programa de bolsas universitárias em escolas privadas) e a instalação de extensões universitárias e escolas ténicas em vários pontos do país para que os estudantes possam estudar perto de suas casas.

Segundo o presidente, a revolução na educação que está sendo feita é demorada e não será percebida de um dia para outro, mas em 10, 20 anos, quando haverá uma Brasil com oportunidades mais justas do que o atual.

– Acabou o tempo em que o Brasil era governado para um terço de sua população. Tem que ser governado para todos. Sei que tem gente não gosta que a gente olhe para os índios, para os negros, para os pobres, porque não havia a cultura política no Brasil – disse o presidente, acrescentando que no nosso país houve sempre uma parcela da elite impedindo o avanço que garanta maior justiça social:

– Tem gente sempre achando que do jeito que está, está bom e que se a gente for dar para todos, vai tirar um pouco deles. Aqui ninguém quer tirar de ninguém. O que queremos é partilhar corretamente o pão de cada dia e resultado do trabalho de cada dia. E ninguém melhor para representar isso que as nossas queridas professoras e professores. Que Deus permita que a gente viva para ver a educação ser definitivamente prioridade, prioridade, prioridade do nosso país.

O ato em homenagem aos professores, transformou-se em um ato de apoio à Lula. Os professores escalados para discursar fizeram duras críticas ao governo tucano, inclusive ao governo do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, e declararam abertamente apoio a Lula.

AGÊNCIA O GLOBO