| 11/10/2006 11h41min
O arsenal do ex-governador do Rio Anthony Garotinho parece inesgotável. Em artigo publicado em seu site, o peemedebista cita várias razões para seus eleitores não votarem no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre elas, sua participação em cerimônia vodu no Benin, durante viagem ao continente africano em fevereiro, e um "banho de pipoca" na Bahia, segundo ele, para tentar conquistar os votos dos umbandistas.
Garotinho diz respeitar as outras religiões, mas afirma que é inadmissível que um conhecedor da palavra de Deus vote num presidente que faz política com religião usando a fé das pessoas para ganhar votos.
"Sempre fui um defensor da liberdade religiosa. Mas é inadmissível que um cristão renomado, que conheça a palavra de Deus, vote em Lula, sabendo o que ele faz para ganhar voto. Você se lembra de Lula tomando banho de pipoca na Bahia, atrás dos votos dos umbandistas? Você se lembra de Lula participando de uma sessão de vodu, segundo ele para fechar o corpo e afastar os maus espíritos, em recente viagem à África? Eu poderia citar outros exemplos de que Lula faz qualquer coisa para agradar qualquer pessoa em troca de voto".
Na carta, Garotinho afirma que ele e sua mulher, a governadora Rosinha, têm sofrido enorme discriminação por parte da mídia e de segmentos políticos por causa de sua defesa firme do Evangelho de Jesus Cristo.
Garotinho diz ainda que sofreu muitas críticas na eleição passada quando apoiou Lula no segundo turno, mas o fez porque achava que ele mudaria a política econômica. O ex-governador diz que foi uma grande decepção, e que em três anos de governo Lula permitiu que os bancos ganhassem mais dinheiro do que nos oito de Fernando Henrique Cardoso. Garotinho declarou também que Lula não é honesto e teria permitido a existência do mensalão.
"Lula, que eu acreditava ser um político honesto, demonstrou que o PT é o partido mais corrupto do Brasil, envolvido no escândalo de compra de deputados, conhecido como mensalão, que era comandado por José Dirceu, ministro que ocupava uma sala ao lado do gabinete do presidente da República. Lula permitiu que seus colegas de partido, principalmente seu tesoureiro de campanha, Delúbio Soares, desviassem milhões de reais no outro escândalo que ficou conhecido como caixa dois do PT", diz a carta.
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