Depois de se reunirem com o superintendente em exercício da Polícia Federal em Cuiabá, Geraldo Pereira, um grupo de parlamentares da CPI dos Sanguessugas disse que uma das linhas investigadas agora pela PF é de que parte do R$ 1,7 milhão, que seria usado para comprar um dossiê contra o tucano José Serra, pode ser proveniente de bancas de jogo de bicho do Rio de Janeiro.

Segundo eles, alguns maços de dinheiro estavam enrolados de forma parecida com a usada por bicheiros. Nesses maços, há notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 20, todas usadas. De acordo com os parlamentares, em pelo menos dois maços há uma cinta de máquina de calcular prendendo notas de R$ 100 com os carimbos "Caxias 118" e "Campo Grande 199". Anteriormente, chegou-se a suspeitar que os carimbos fizessem referência a agências de banco, mas agora a PF acredita que podem se tratar de bancas de bicho no Rio.

Uma parte dos deputados está reunida com o juiz da 2ª Vara Federal e outra, com o procurador Mário Lúcio Avelar. Estão em Cuiabá para acompanhar o andamento das investigações os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Vanessa Grazziotin (PCoB-AM), Júlio Delgado (PSB-MG) e Paulo Rubem (PT-PE).