O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que no segundo turno o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está interessado em debater a ética no país, e deixou claro que a tônica da campanha será criticar o comportamento do ex-governador paulista Geraldo Alckmin em relação à instalação de CPIs na Assembléia Legislativa. Segundo Tarso, a campanha também vai relembrar casos investigados durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

– O presidente Lula está sequioso para este debate. É uma belíssima oportunidade para que se possa fazer um debate sobre ética. Ao contrário do que pensam alguns adversários, a nós interessa esse debate ético. Vamos ter oportunidade de perguntar qual é a posição do PSDB, do governador Alckmin, sobre a compra de votos para a reeleição. Por que a compra de votos foi abafada no governo FH, e verificar por que Alckmin, quando governador de São Paulo, impediu que se instalassem 70 CPIs para investigar ilegalidades e corrupção no seu governo? – disse Tarso.

Mas perguntado se ao governo interessava concluir a investigação sobre a tentativa de compra de um dossiê contra o tucano José Serra antes do segundo turno, Tarso foi evasivo:

– Queremos que a Polícia Federal faça, e está fazendo, uma investigação imparcial. Mais rápido possível para que tenhamos um resultado. Se tem alguém a que não interessa a demora é o presidente Lula, que só foi prejudicado por essa operação tabajara, feita por pessoas do PT.