| 03/10/2006 15h33min
O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), defendeu hoje a expulsão dos militantes do PT envolvidos com o Dossiê Cuiabá e o afastamento dos cargos de direção partidária.
Em conversa no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Wagner indicou que as punições serão definidas após o segundo turno.
O governador eleito da Bahia defendeu uma oxigenação do PT. Para ele, o partido terá de refletir as novas forças que saíram das urnas, após a eleição de governadores no Norte e Nordeste. O PT foi vitorioso na Bahia, no Piauí, em Sergipe e no Acre.
– Não tenho dúvida de que devemos ter um processo de oxigenação e de abertura maior do PT para nova realidade federativa que o partido vivencia. Temos três governadores eleitos pelo PT no Nordeste. Isso vai ter que pesar no momento em que o PT rearrumar suas forças internamente – disse o Wagner.
Para Wagner, houve armação de adversários no episódio do Dossiê Cuiabá – que ele chamou de operação tabajara dois –, mas não afastou a responsabilidade dos petistas que se envolveram na tentativa de compra do dossiê.
– Não vou fazer julgamento público, não tenho nem elementos, mas temos de passar tudo transparentemente a limpo. Não quero saber se era amigo, homem de confiança ou não. Quem não tiver um padrão de conduta cai fora – disse o governador eleito, acrescentando que em novembro, quando o PT fizer uma avaliação do processo eleitoral, terá de analisar também esse episódio.
Wagner vai se juntar ao comando da campanha de Lula e passará estes dois dias em Brasília tratando do segundo turno das eleições.
– Minha primeira tarefa como governador eleito é coordenar e comandar a campanha do presidente Lula no segundo turno. Ele teve uma votação expressiva, 67% dos votos, e creio que podemos ampliar essa diferença. Tenho tudo para acreditar que no segundo turno o presidente Lula vai abrir uma frente maior na Bahia – afirmou.
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