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 | 02/10/2006 03h37min

Eleições presidenciais de 2006 têm menos votos nulos que 2002

Pleito foi marcado por corrente que propôs anular o voto

Menos pessoas optaram, em protesto ou por desilusão política, pelo voto nulo para a Presidência da República em 2006 do que em 2002. Com 99,99% dos votos já apurados em todo o país, o percentual de nulos chega a 5,68%, ou 5.956.283. Em 2002, foram 6.976.107 votos nulos, o que equivale a 7,36% do eleitorado de então.

Os números podem ser ainda menores. Os votos dados ao candidato Rui Costa Pimenta (PCO) estão sendo computados como nulos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele teve a candidatura rejeitada pelo TSE por não ter apresentado a prestação de contas da sua campanha presidencial de 2002.

O percentual de votos nulos de 2006 supera os votos recebidos pelo candidato Cristovam Buarque (PDT), quarto colocado na corrida presidencial, com 2.538.734 votos. Aproximam-se dos números obtidos pela senadora Heloísa Helena (PSOL), que conseguiu 6.574.887 votos até o momento.

Neste ano, surgiu uma corrente que convocava o voto nulo com a intenção de anular o pleito, desde que se conseguisse a maioria absoluta de nulos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que as eleições não podem ser anuladas pelo eleitor caso o número de votos nulos ultrapasse os 50%. O tribunal decidiu que “não se somam (...), para fins de novas eleições, os votos nulos decorrentes de manifestação apolítica do eleitor, no momento do escrutínio, seja ela deliberada ou decorrente de erro”.

Na nota do TSE, os votos anulados pelo eleitor, por vontade própria ou por erro, não se confundem com os votos anulados pela Justiça Eleitoral em decorrência de atos ilícitos, como falsidade, fraude, coação ou compra de votos. O tribunal considera que a anulação da eleição é apenas possível pela Justiça Eleitoral em caso de fraude, e não pelo voto nulo do eleitor.


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AGÊNCIA O GLOBO

 

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