| 28/09/2006 20h49min
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), examinará na próxima terça relatórios de movimentações bancárias enviados pelo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), com o objetivo de facilitar as investigações sobre a negociação do Dossiê Cuiabá, contra políticos do PSDB, entre Luiz Antonio Vedoin e integrantes do PT. O Coaf é um órgão do Ministério da Fazenda que atua no combate à lavagem de dinheiro,
Embora a secretaria da CPI não tenha informado o conteúdo dos relatórios, a imprensa tem publicado que os documentos referem-se a retiradas acima de R$ 100 mil nos bancos Boston, Safra e Bradesco, instituições nas quais foram sacados R$ 1,1 milhão dos R$ 1,7 milhão encontrados pela Polícia Federal com petistas num hotel em São Paulo há duas semanas. O restante – em dólares, US$ 248 mil – ainda tem origem incerta, mas suspeita-se que US$ 110 mil tenham sido sacados no Banco Sofisa, de São Paulo.
O dinheiro estava com Valdebran Padilha e Gedimar Passos, no Hotel Ibis, próximo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, segundo informações da PF, e teriam sido entregues a eles pelo então assessor da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda. Também estariam envolvidos na compra do dossiê Freud Godoy, ex-assessor pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; Oswaldo Bargas, ex-coordenador de programa de governo da campanha de Lula; Jorge Lorenzetti, analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente; e Expedito Afonso Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil. O presidente do PT e ex-coordenador da campanha de Lula, Ricardo Berzoini, teria tomado conhecimento do dossiê, tendo por isso sido retirado da coordenação da campanha.
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