| 27/09/2006 00h26min
Em seu penúltimo programa na TV, o candidato tucano Geraldo Alckmin continuou utilizando o caso dossiê para desferir ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição. O programa exibido na noite desta terça-feira narrou o caso do dossiê desde a prisão de Valdebran Padilha e Gedimar Passos com R$ 1,7 milhão em São Paulo e enfatizou a notificação feita a Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente Lula foi notificado na noite de segunda-feira e terá 10 dias para apresentar defesa sobre denúncia apresentada pelo PFL e PSDB de participação na negociação do dossiê.
– Ontem (na segunda) a Justiça notificou Lula para que ele se explicasse no caso do falso dossiê e mais duas pessoas próximas ao presidente foram denunciadas pelos promotores por corrupção na máfia dos vampiros – diz o apresentador do programa de Alckmin, em relação à denúncia oferecida pelo MP contra o ex-ministro da Saúde, Humberto Costa (PT), que é candidato ao governo de Pernambuco, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, por fraude em licitações na pasta.
Evitando conflito, o programa petista começou lembrando "como estava o Brasil quando Lula assumiu o governo", dizendo que o país vivia um momento de "instabilidade econômica e desemprego". A narrativa continua afirmando que "Lula colocou o Brasil nos trilhos e nunca o país melhorou tanto, em tão pouco tempo". No programa, Lula apresentou um resumo de sua administração nas áreas de saúde, educação e infra-estrutura e finalizou afirmando que, caso seja reeleito, irá buscar, "dentro e fora do governo", novas pessoas para "unir o Brasil em um novo projeto de desenvolvimento".
– Não tenho dúvida de que posso fazer um governo ainda melhor do que venho fazendo. E um dos caminhos para conseguir isto é montar uma boa equipe. Sei onde buscar novas pessoas dentro e fora do governo. Saberei unir o Brasil em torno de um novo projeto de desenvolvimento, com a participação de amplos setores da sociedade – disse Lula.
Em tom de despedida, a candidata do P-Sol agradeceu os eleitores e afirmou que "combateu o bom combate", antes de encerrar seu programa com a música "Amanhã", de Guilherme Arantes. Cristovam Buarque (PDT) afirmou que o eleitor deve estar "atordoado" com tudo o que está acontecendo, referindo às investigações sobre o dossiê, e afirmou que "sem mentir" mostrou um novo caminho, defendendo sua plataforma de campanha, calcada na educação.
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