| 11/09/2006 16h30min
A coligação Por um Brasil Decente, que representa o candidato a presidente Geraldo Alckmin, protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma nova ação contra a propaganda eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No recurso, os advogados de Alckmin alegam que a coligação adversário difundiu mensagem injuriosa no horário eleitoral gratuito, ao criticar a propaganda do candidato do PSDB sobre as condições de abandono das estradas federais.
De acordo com a transcrição apresentada pelos advogados, o programa do presidente Lula mencionou notícia de um jornal, publicada no sábado, segundo a qual Alckmin teria fretado um avião e um helicóptero para tentar alcançar equipe do Jornal Nacional que fazia reportagem sobre a rodovia BR-316 no Maranhão. Ao comentar o fato, o programa do PT afirmou que "essa atitude do candidato que, segundo o jornal, vai exibir imagens no seu programa, é a prova de que a demagogia é uma praga difícil de ser eliminada da política brasileira".
Segundo os advogados de Alckmin, a propaganda ofendeu a dignidade do candidato, configurando injúria, ao dizer que a atitude dele "é uma praga difícil de ser eliminada". Por essas razões, pedem que o TSE garanta a Alckmin o direito de resposta, pelo tempo de um minuto, no programa de Lula.
A reação do presidente às críticas no programa eleitoral tucano foi motivo de comentário irônico de Alckmin no domingo. Segundo o tucano, o presidente deveria estar mais preocupado em recuperar as rodovias.
– Ele deveria ter ficado bravo não com a crítica, mas ter ficado bravo com o abandono que está a infra-estrutura brasileira. O dinheiro do mensalão, do sanguessuga, do vampiro, do valerioduto, de tudo isso, deveria ir para estrada, escola, hospitais, moradia. Esse aparelhamento que ocorreu no Brasil leva, ao primeiro momento, à ineficiência.
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