| 09/09/2006 18h46min
Dois adversários reagiram neste sábado às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, que comparou o discurso da oposição ao de Adolf Hitler. O petista falou que a oposição "daqui a pouco vai querer mudar de povo" porque ele tem a preferência do eleitorado. Para o candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, a declaração de Lula é descabida porque o petista é que tem agido de forma autoritária.
– Isso é totalmente descabido (a comparação com Hitler). Não tem o menor cabimento. Quem tem perfil autoritário é esse governo que quer controlar a imprensa, a Ancinav e o mensalão. O mensalão é a maneira autoritária de submeter um Poder a outro – disse Alckmin. O candidato a presidente pelo PDT, Cristovam Buarque, também criticou Lula. Durante caminhada em Samambaia, cidade satélite do Distrito Federal, a 35 km de Brasília, o senador ironizou a declaração do presidente: – Não comento esse assunto. Só digo uma coisa: Hitler também fugia dos debates – disse, numa referência ao fato de Lula se negar a participar dos debates na TV. Cristovam também criticou as promessas de campanha do candidato do PT. – O Orçamento enviado pelo governo ao Congresso não prevê as promessas que Lula tem feito – afirmou o candidato pedetista. Alckmin fez uma caminhada na cidade de Cascavel, a 70 km de Fortaleza. Ele estava acompanhado do senador Tasso Jereissati e do deputado e candidato ao Senado Moroni Torgan (PFL-CE). O governador do Ceará, Lúcio Alcântara, que é candidato à reeleição, não participou do evento e nem deve se encontrar com Alckmin. Alcântara tem reclamado do apoio do seu partido e até já usou a imagem de Lula em sua propaganda eleitoral. Em discurso no Templo da Assembléia de Deus de Santa Cruz, zona oeste do Rio, nesta sexta-feira, Lula atacou aqueles que, segundo ele, desprezam os pobres. Para Lula, tem gente "que gostaria de trocar o povo brasileiro". Segundo o petista, essa idéia já gerou filosofias perigosas "como a idéia de uma raça superior defendida por Hitler". Na ocasião, Lula afirmou ainda que outros presidentes tiveram vergonha de assumir o apoio dos evangélicos. E encerrou seu discurso se dizendo crente. – Somos todos crentes. Somos todos brasileiros. AGÊNCIA O GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.