| 07/09/2006 22h02min
A campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu obter no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma liminar que impede a reapresentação de inserção da propaganda eleitoral do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), que explora declarações do presidente sobre ex-petistas envolvidos em escândalos de corrupção. O ministro Ari Pargendler justificou, no entanto, que concedeu a liminar porque a inserção pode conter imagens externas.
– O TSE ainda não delimitou, salvo melhor juízo, a noção de gravação externa. Em face disso, por cautela, defiro a medida liminar para impedir a veiculação da propaganda impugnada na petição inicial até o julgamento da representação – disse Pargendler.
A inserção foi exibida no último dia 4. A defesa da campanha de Lula pediu a impugnação da propaganda sob o argumento de que foram usados imagens externas e trucagem, o que é vedado por lei no caso de inserções. A propaganda tucana usa declarações de Lula de 2002, em que ele diz que "a cada eleição, o PT cresce porque sabe governar com planejamento, dedicação e sobretudo com respeito e seriedade e respeito pelo seu dinheiro".
Em seguida, um locutor nomina petistas e ex-petistas envolvidos em escândalos (José Dirceu, Delúbio Soares, Waldomiro Diniz, Silvio Pereira) e ressalta que Lula tem dito que ninguém deixará de ser seu amigo por ter comitdo um erro. O locutor completa: " Cuidado. Não deixa a turma do Lula voltar. Lula, ele não merece o seu voto".
Os advogados de Lula também pediram ao TSE liminar e direito de resposta contra outra propaganda do tucano Alckmin. Eles alegam que houve ofensa ao candidato do PT e à coligação na propaganda que diz que a turma de Lula (os envolvidos em esquemas como o do caixa dois do PT, mensalão e sanguessugas) voltará ao poder se ele for eleito. O advogado afirma que os partidos que apóiam Alckmin já vinham anunciando, em jornais e telejornais, os ataques à campanha de Lula.
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