O governo venezuelano afirmou hoje que é desprezível desejar a morte do presidente cubano, Fidel Castro. A vontade tem sido expressa por alguns porta-vozes oficiais dos Estados Unidos.

– Desprezamos este tipo de pessoa que pensa somente na morte e na colonização das nações e desdenha a qualidade humana e a política revolucionária do povo cubano – disse o ministro de Relações Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro.

O chanceler, que foi entrevistado pelo canal estatal Venezuelana de Televisión, se referiu às declarações feitas recentemente pela Coordenadora Especial do Departamento de Estado, Deborah McCarthy. Segundo Maduro, McCarthy desejou, ao se referir a Fidel, que finalizasse uma vida já longa para que o plano de transição traçado por Washington para a ilha possa ser aplicado.

Fidel se recupera de uma operação no intestino e, de acordo o chanceler venezuelano, melhora a cada dia. Segundo Maduro, os que pensam em uma era pós-Fidel Castro se depararão com a capacidade da natureza da revolução cubana. O chanceler acrescentou que isso ocorrerá devido "à enorme qualidade humana do povo cubano, à organização da sociedade, à solidez da revolução e à consolidação institucional da ilha".