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 | 29/08/2006 11h01min

Impacto da internet é debatido por jornais

Congresso começa hoje com o presidente Lula na capital paulista

É inevitável que o impacto da internet na forma como a informação circula e é consumida no mundo esteja na pauta de dois encontros de empresários e especialistas de comunicação que se realizam em São Paulo: a 1ª Cúpula Latino-americana de Líderes de Jornais, que começou ontem, e o 6º Congresso Brasileiro de Jornais, com abertura hoje.

Apesar dos desafios que a rede impõe, as notícias são boas para os jornais. Segundo dados apresentados ontem na abertura da 1ª Cúpula por Timothy Balding, executivo chefe da Associação Mundial de Jornais (WAN na sigla em inglês), a circulação diária no mundo aumentou 6% nos últimos cinco anos, enquanto a publicidade cresceu 11,7% em igual período. Cerca de 439 milhões de exemplares circulam diariamente em todo o planeta, com mais de 1 bilhão de leitores, conforme a WAN.

A Cúpula de Líderes reúne empresários e editores de jornais que representam 15 países sul-americanos. No discurso de abertura, o presidente do Conselho de Administração da RBS, Jayme Sirotsky, ex-presidente da WAN e da Associação Nacional de Jornais (ANJ), traçou um panorama da imprensa no Brasil, relacionando os esforços da ANJ para manter e ampliar a liberdade de imprensa no país. Citou a mobilização para barrar a criação do Conselho Federal de Jornalismo, considerado uma forma de censura à imprensa. Lançou também o questionamento sobre os novos paradigmas da comunicação e como os veículos devem relacionar-se com os leitores:

– Quem produz conteúdo no jornalismo está diante de um novo paradigma, o relacionamento com o leitor e com quem consome informação jornalística pela Internet.

O atual presidente da ANJ e diretor-presidente da RBS, Nelson Sirotsky, observou que a Cúpula e o 6º Congresso são oportunidades para que o setor reflita sobre o futuro.

– O jornal tem uma história de 400 anos. Neste tempo, soube enfrentar e superar os desafios - disse Nelson Sirotsky, que deverá ser reeleito hoje para mais dois anos à frente da ANJ.

Para o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, as empresas de comunicação têm a responsabilidade de produzir informação de qualidade, como contraponto à facilidade com que boatos e notícias não-confirmadas circulam na rede. Marinho citou casos recentes - o de uma marca de guaraná que seria cancerígena, a validade do leite em embalagens longa-vida e a suposta demissão do jornalista Alexandre Garcia em represália a um comentário sobre a CPI dos Sanguessugas - em que os rumores circularam na Internet antes de serem desmentidos.

– A produção de informações corretas e de qualidade é oportunidade para que as empresas jornalísticas se consolidem como marcas de credibilidade – ponderou Marinho.

Mais importante evento de comunicação, o 6º Congresso começa hoje, com a presença do presidente Lula. Simultaneamente, ocorrerá o encerramento da 1ª Cúpula de Líderes.

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