| 23/08/2006 10h06min
O candidato a presidente do PDT, Cristovam Buarque, reafirmou hoje sua disposição em ser o porta-voz da educação. Em entrevista à rádio Bandeirantes, Cristovam disse que prefere ser conhecido como "candidato de uma nota só", do que como "candidato aspirina".
– Não vou me ajustar ao que as pesquisas de opinião e os marqueteiros sugerem. Sou um candidato com causa. Candidato com causa perde voto, mas não perde a causa –, afirmou. Segundo Cristovam, há diversas propostas para resolver a questão da violência, como a inclusão de jovens e a coordenação das policias estaduais, mas a maioria é paliativa.– Isso tudo é aspirina. A paz só virá com a educação. Prefiro ser candidato de uma nota só, do que candidato aspirina –, disse. O candidato, que foi ministro da Educação do governo Lula, criticou a gestão do petista.
– A gaveta do presidente Lula está cheia de projetos que eu deixei lá. Ele não fez em quatro anos e não vai fazer. Não está na alma dele a idéia de que a revolução é a educação. No centro dele, está a questão da economia –, afirmou o ex-ministro, que acrescentou:
– O problema do Lula não é não ter diploma. É que ele não liga para que os outros tenham diploma. Eu vou fazer com que todos tenham diploma.
Durante a entrevista, Cristovam repudiou o discurso dos demais candidatos que, segundo ele, concentram suas propostas na área econômica.
– Estamos prisioneiros na esquerda e na direita dessa prática de que a economia é o centro. Mas eu acho que a educação é que vai mudar a economia –, disse.
O candidato defendeu ainda a realização de um segundo turno na disputa presidencial. – O Brasil precisa ter segundo turno. Temo uma postura autoritária de um presidente eleito no primeiro turno.
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