Único catarinense citado no relatório prévio da CPI dos Sanguessugas, o deputado federal e candidato à reeleição Adelor Vieira (PMDB) fez campanha ontem no Sul do Estado e em Florianópolis, e não cogitou renunciar ao cargo.

Ontem terminou o prazo para que os parlamentares incluídos na lista da CPI – acusados de apresentar emendas ao orçamento da União para a compra de ambulâncias superfaturadas – renunciassem aos atuais mandatos e, assim, escapassem da cassação.

Por telefone, Adelor disse que está confiante que não será cassado e não via motivos para renunciar.

– Meu nome foi incluído na lista por desacerto de última hora entre os membros da CPI, mas não há prova nenhuma que me incrimine. As provas que apresentei nem foram levadas em conta e tive cerceada minha defesa. Agora, terei tempo – disse Adelor.

Ontem, o procurador regional eleitoral de Santa Catarina, Carlos Antônio Fernandes de Oliveira, afirmou que seguirá a recomendação do procurador-geral eleitoral, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, de pedir a impugnação da candidatura dos parlamentares envolvidos na compra superfaturada de ambulâncias com dinheiro público.

O único parlamentar a abrir mão do mandato foi Coriolano Sales (PFL-BA).

DIÁRIO CATARINENSE