| 19/08/2006 12h46min
Dissidentes cubanos reagiram com críticas às primeiras declarações públicas de Raúl Castro desde que assumiu temporariamente o poder, nas quais explicou que seu irmão Fidel se recupera de forma gradual e que Cuba está preparada para qualquer agressão dos Estados Unidos.
Em entrevista publicada na sexta-feira no jornal oficial Granma, Raúl rompeu o silêncio que mantinha durante três semanas e alertou Washington de que a ilha está disposta a "normalizar as relações em um plano de igualdade". O ministro da Defesa assumiu temporariamente o poder em 31 de julho, enquanto Fidel se recupera de uma delicada intervenção cirúrgica intestinal.
Para Vladimiro Roca, fundador do grupo ilegal Todos Unidos, as declarações de Raúl Castro são "mais do mesmo, é uma repetição, não trazem nada novo à situação nacional". Manuel Cuesta Morúa, líder do grupo moderado Arco Progressista, afirmou: "Já estamos na presença de um chefe de Estado interino".
Oscar Espinosa Chepe, um dos 75 dissidentes detidos em 2003, libertado depois por motivos de saúde, considerou "desejável que em futuras declarações (Raúl Castro) expresse a posição do governo provisório sobre as medidas a tomar em relação aos preocupantes problemas existentes em Cuba" Espinosa comentou que gostaria conhecer o posicionamento de Raúl Castro sobre os planos econômico e social, assim como sobre a crescente corrupção e a contínua perda de valores morais e espirituais na sociedade cubana.
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