| 13/08/2006 21h46min
O suíço Roger Federer cumpriu a rotina e conquistou mais um título para sua já brilhante carreira. Neste domingo, ele fez mais um jogo duro no Masters Series de Toronto, saiu atrás do francês Richard Gasquet, mas venceu por 2 sets a 1, com parciais de 2/6, 6/3 e 6/2, em uma hora e 47 minutos de duelo.
Foi o sétimo título do número um do mundo na temporada e o 11º em um evento deste porte, que reúne os melhores do mundo e só perde em importância para os Grand Slam. Com a marca, igualou o norte-americano Pete Sampras, aposentado em 2002, e só fica atrás do também norte-americano Andre Agassi, líder com 17 taças.
A primeira vez que levantou taça em Masters Series foi em 2002, no saibro de Hamburgo. Ele passou o ano de 2003 sem títulos e só voltou a vencer 2004, com mais três. Em 2005, colocou seu nome em quatro troféus. Nesta temporada, já são três: Indian Wells, Miami e Toronto.
No jogo deste domingo, o suíço disputou nada menos que sua 17ª final seguida, agora com 11 títulos. A última vez que jogou torneio e não esteve na decisão foi em Roland Garros do ano passado, quando parou na semi diante de Rafael Nadal. Na série, perdeu mais quatro vezes para o espanhol neste ano (Dubai, Monte Carlo, Roma e Roland Garros) e uma vez para David Nalbandian no Masters de Xangai, em novembro de 2005.
Federer comprova mais uma vez a superioridade em relação aos demais concorrentes e mostra que no piso rápido é praticamente imbatível. Só para se ter uma idéia, na mesma quadra de Toronto, soma agora 34 vitórias e apenas uma derrota na temporada. O tropeço veio diante de Nadal (Dubai), único tenista que parece fazer frente a ele no momento.
Ainda assim, sua situação é confortável em termos de conquistas e no ranking de entradas. Com a nova vitória, somou mais 500 pontos e estabelece marca recorde na ATP, com 7.760 pontos a partir desta segunda-feira. Nadal aparece atrás, mas distante, principalmente após o tropeço nas oitavas de Toronto, onde defendia o título. Ele aparecerá na segunda com 4.505.
Para chegar ao título, Federer precisou jogar mais do que o normalmente atua. Durante a semana, só não perdeu sets nas duas primeiras partidas (contra Paul-Henri Mathieu e Sebastien Grosjean). Em seguida, se deu bem na terceira parcial contra Dmitry Tursunov, Xavier Malisse, Fernando González e agora contra Gasquet.
Neste domingo, o francês de 20 anos, que repetiu a melhor campanha de sua carreira ao ficar com o vice de um Masters Series, começou de forma brilhante, mostrando que teria chances de vencer a segunda no confronto direto e se vingar das três derrotas somente neste ano.
Com boas jogadas, dominou o melhor do mundo e conseguiu quebras no segundo e no quinto game, para fechar rapidamente em 6/2. No segundo set, Gasquet teve chance de pular na frente com uma quebra, ao conseguir 0/40 no primeiro game de saque do rival. Mas foi exatamente nesta hora que a habilidade do número um falou mais alto.
Com dificuldades, Federer salvou os três break-points e se concentrou. Fez 2/0, salvou novo break e completou o triunfo por 6/3. A parcial decisiva voltou a apresentar equilíbrio no início, mas o suíço conseguiu a vantagem decisiva no quinto game, para abrir 3/2. Voltou a sair melhor no sétimo e sacou para fechar em 6/2.
Tenista de personalidade - A derrota no primeiro set contra Gasquet não foi um fato comum na temporada para Federer. Foi apenas a sexta vez que ele saiu atrás em uma partida. Entretanto, provou novamente que, além de habilidade, tem grande força mental. Destas seis vezes, virou cinco delas.
Além do duelo com o francês, Federer saiu atrás contra Marcos Baghdatis (na final do Aberto da Austrália), duas vezes contra Olivier Rochus (Indian Wells e Halle), uma vez contra David Nalbandian (semifinal de Roland Garros) e outra contra Nadal (final de Monte Calo). Sua única derrota foi exatamente esta última, contra o espanhol.
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