| 08/08/2006 13h56min
A pesquisa CNT/Sensus de agosto mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuperou a popularidade que tinha antes do escândalo do mensalão, voltando a índices próximos dos de julho de 2005, quando a aprovação de seu governo estava em 59,9% e a desaprovação, em 30,2%. Na pesquisa atual, a aprovação do governo atingiu 59,3%, contra 55,8% de julho passado, enquanto a desaprovação caiu de 37,0% em julho para 32,5% em agosto.
Os entrevistados que consideram o governo ótimo ficou em 8,7% em agosto, contra 9,2% em julho, enquanto os que o consideram bom subiu de 31,7% para 34,9%. Com isso, a avaliação positiva (ótimo e bom) atingiu 43,6%, contra 40,9% em julho. O percentual dos que consideram o governo regular subiu de 38,5% em julho para 39,5% em agosto, enquanto os que o consideram ruim caiu de 8,1% para 6,9% e os que consideram péssimo caiu de 11,2% para 8,7% entre julho e agosto. Com isso, a avaliação negativa atingiu 15,6% em agosto, contra 19,3% em julho.
A pesquisa mostra ainda que os entrevistados relacionam a corrupção mais ao Congresso do que ao governo, ao PT e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em agosto, 30,8% dos entrevistados atribuíram ao Congresso a responsabilidade pelos escândalos de corrupção que têm sido noticiados, contra 23% de julho.
O governo e o PT aparecem com 18,3% na pesquisa de agosto. Em julho, 22,1% atribuíram ao PT a responsabilidade pelos escândalos e 11,3% ao governo. O percentual dos que responsabilizam o governo cresceu sete pontos entre julho e agosto. Já o percentual dos que responsabilizam o presidente Lula caiu de 18,2% em julho para 17,8% em agosto.
Perguntados se estavam acompanhando os trabalhos da CPI dos Sanguessugas, 24,9% disseram que sim, 48,2% disseram que ouviram falar e 24,4% não tomaram conhecimento da CPI.
A esmagadora maioria dos dois mil entrevistados não pretende votar em candidatos investigados pela CPI dos Sanguessugas. De acordo com o levantamento, 80,1% não votariam em candidatos suspeitos de envolvimento no esquema de fraudes e somente 5,5% admitem votar neles. Outros 12% vão se informar melhor antes de decidir o voto.
Para 48,4% dos entrevistados, os nomes dos envolvidos devem ser divulgados mesmo quando existam apenas suspeitas contra eles. Outros 43% acham que a divulgação só deve ocorrer quando houver comprovação de seu envolvimento. Para 42,3%, a divulgação dos nomes vai ajudar a acabar com a corrupção, enquanto 49,1% acham que não vai mudar nada.
Indagados sobre os critérios usados para decidir o voto, 39,9% apontaram o conhecimento prévio dos candidatos, 22,5% pretendem fazer a escolha com base nos programas eleitorais, 19,3% vão esperar os debates na televisão, 7,4% escolherão pelo contato pessoal com o candidato e 1%, pelas notícias publicadas na internet. Para 49,6%, é preciso observar as propostas dos candidatos. Outros 34,1% apontam as qualidades pessoais e 7,4%, os partidos políticos.
Foram ouvidas duas mil pessoas, entre os dias 1º e 4 de agosto. A margem de erro máxima é de 3%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 12310/2006. O levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional do Transporte.
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