| 07/08/2006 10h54min
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) criticou nesta segunda a intensificação da repressão à imprensa vivida na China a dois anos da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim.
O evento deve começar em 8 de agosto de 2008, e até hoje nem as autoridades políticas chinesas nem o Comitê Olímpico Internacional (COI) podem dar garantias de que os milhares de jornalistas que cobrirão o evento terão liberdade de movimentação, nem de palavra, destacou comunicado emitido hoje.
A associação de defesa da imprensa denuncia o que considera o silêncio da comunidade internacional, que "permite às autoridades de Pequim continuarem sem vergonha diante das violações maciças dos direitos humanos".
"Já manchada pela corrupção, a preparação do evento está marcada pela repressão das vozes dissidentes, oficialmente justificada pela necessidade de realizar Jogos seguros", afirmou a RSF, cuja sede fica em Paris.
A associação afirma que o governo chinês criou uma série de normas que impõe aos jornalistas e gerentes de sites "uma censura muito estrita do conteúdo de sua informação", e acrescenta que continua o sistema de controle policial sobre a imprensa estrangeira.
A dois anos dos Jogos Olímpicos, a RSF considera urgente uma mobilização para conseguir a libertação dos jornalistas e internautas presos na China, a anulação da restrição à liberdade de movimentos dos profissionais estrangeiros e o fim das interferências e bloqueios às rádios e sites de notícias com sede no exterior.
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