Pelo menos 14 pessoas morreram hoje e quase 80 ficaram feridas em uma nova onda de ataques do Hezbollah contra o norte de Israel, o que demonstra que a guerrilha libanesa não perdeu sua capacidade ofensiva.

Em Haifa, por volta das 20h (14h de Brasília), entre cinco e sete foguetes atingiram vários lugares da cidade, informaram os serviços de emergência. Pelo menos um dos projéteis caiu sobre um edifício que desabou. Do prédio, foram resgatadas três pessoas que tinham ficado presas entre os escombros.

Um porta-voz da Estrela de Davi Vermelha informou que foram socorridos feridos em três pontos da cidade e que os foguetes atingiram duas zonas residenciais. A polícia comunicou a morte de um homem e de uma mulher. Além disso, informou que há um ferido em estado crítico. Várias casas pegaram fogo por causa dos foguetes, que, segundo a milícia fundamentalista, são do tipo Raad-2, de médio alcance. O grande número de vítimas e o temor de novos ataques levaram as autoridades a decretar estado de emergência em todos os hospitais.

O ataque de hoje surpreendeu a população de Haifa, que há vários dias vivia um clima de tranqüilidade e tinha voltado a sair à rua. O prefeito da cidade, Yona Yahav, pediu à população que permaneça nos abrigos e não saia de casa, pois o efeito dos estilhaços que o Hezbollah coloca nas ogivas de seus foguetes é devastador.

Já no kibutz de Kfar Guiladi, próximo à fronteira com o Líbano, um foguete Katyusha matou na manhã de hoje um grupo de 12 reservistas israelenses que estavam reunidos ao ar livre. Segundo um oficial de segurança da cooperativa agrícola, os militares ignoraram as sirenes de aviso e se recusaram a buscar abrigo. As identidades dos militares mortos não foram reveladas até o momento porque primeiro é preciso avisar a família dos mortos.

Segundo as testemunhas, os ataques de hoje foram uns dos mais duros lançados pela guerrilha islâmica desde 12 de julho, quando começaram os confrontos.

Neste domingo, mais de 160 foguetes já foram lançados pelo Hezbollah contra o norte de Israel, um número ligeiramente menor que os de ontem e sexta-feira. Desde o início desta semana, o Hezbollah aumentou o número de ataques em mais de 50% em relação as primeiras semanas do conflito.