| 04/08/2006 15h14min
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) defendeu na manhã de hoje, em Plenário, que o Orçamento de 2007 seja votado apenas no ano que vem. Segundo ele, o Congresso não tem moral para votar orçamento algum, em função das denúncias que envolvem parlamentares na venda superfaturada de ambulâncias com recursos oriundos de emendas orçamentárias.
Ao concluir discurso em Plenário há pouco, Virgílio disse que não acredita que Aloizio Mercadante (PT-SP) seja o quarto senador envolvido na liberação de recursos orçamentários para a compra superfaturada de ambulâncias, como teria sugerido o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, em depoimento prestado ontem à Polícia Federal, em Brasília. No depoimento, segundo Virgílio, o empresário teria isentado a participação dos senadores Romeu Tuma (PFL-SP) e Eduardo Suplicy (PT-SP), mas teria dado a entender que um representante de São Paulo no Senado participaria do esquema fraudulento.
Arthur Virgílio disse que não acompanhou o depoimento do empresário, mas que ficou sabendo das acusações contra Mercadante a partir de notícias divulgadas pela imprensa. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas já investiga a participação dos senadores Ney Suassuna (PMDB-PI), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) no escândalo das ambulâncias. Todos já apresentaram defesa à comissão e negam a participação no esquema.
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