| 24/07/2002 22h07min
A batalha travada nos tribunais de justiça Brasil afora não foi lamentada somente pelo Figueirense, "rebaixado" pela CBF. Criciúma, Joinville e Avaí também têm motivos para lamentar. Afinal, o festival de liminares na Justiça, que mais uma vez anda atrapalhando o Campeonato Brasileiro, espantou o investidor que iria acabar com os problemas financeiros dos clubes que vão disputar a Série B. Representantes dos clubes estiveram reunidos em São Paulo na última terça-feira, 23 de julho, para discutir o financiamento da competição.
Os R$ 2 milhões que a Globosat vai proporcionar de receita aos clubes com a compra das cotas de televisionamento, cobriria apenas 30% das despesas. Os outros 70% seriam captados com este investidor, que agora se retraiu e só volta a negociar depois que a guerra jurídica estiver encerrada.
– Isso cobriria despesas de hospedagem, alimentação, passagens aéreas e até arbitragem – afirmou, ao Diário Catarinense, o gerente de futebol do Avaí, Lúcio Rodrigues, representante do clube na reunião.
Se o patrocínio não vier, vai ficar difícil para os clubes encararem a competição sem arcar com prejuízos. Como a CBF não contribui em nada, a saída vai ser correr atrás de recursos, individualmente.
– Não podemos ficar só com as bilheterias. É um valor irrisório – disse o dirigente azurra.
A proposta de fórmula regionalizada – lobby dos times paulistas para minimizar custos com viagens – não deve ser aceita pelos clubes.
– Isso não vai acontecer. É uma medida burra. Se regionalizar, nem precisa fazer um Brasileiro – comenta Lúcio.
Outro presente na reunião era o presidente do Joinville, Mauro Bartholi, que continua negociando com a CBF e o Clube dos 13 a liberação de mais recursos para a Série B. De acordo com Bartholi, são necessários pelo menos mais R$ 4 milhões para viabilizar a competição.
Diante da falta de recursos, o dirigente não descarta a suspensão do campeonato como última alternativa.
O presidente do Joinville disse que aguarda para a semana que vem uma resposta definitiva do Clube dos 13 e também da empresa privada que teria mostrado disposição em financiar as cotas restantes de patrocínio.
– Espero que haja um entendimento rapidamente – observou.
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