O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin disse hoje aos parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas acreditar que o senador Ney Suassuna (PB), líder do PMDB, tinha conhecimento da participação de seus assessores e da destinação de suas emendas para compra superfaturada de ambulâncias. A informação foi dada pelo corregedor do Senado, senador Romeu Tuma (PFL-SP), que deixou a audiência na Polícia Federal para ouvir, em seu gabinete, Marcelo de Carvalho, assessor do líder do PMDB no Senado, no procedimento que investiga a participação de senadores no esquema de compra superfaturada de ambulâncias.

Segundo Tuma, Vedoin falou com bastante ênfase sobre assessores do gabinete do senador Suassuna. O corregedor lembrou que existem ofícios que mostram solicitações de Suassuna sobre emendas extras ao Ministério da Saúde. Responsável pela investigação que envolve Suassuna, Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT), Tuma informou que Vedoin sugeriu a quebra do sigilo do genro da senadora Paulo Roberto e confirmou ter dado dinheiro a ele.

Tuma também pediu uma acareação entre Vedoin e a ex-assessora especial do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, por considerar que há contradições entre os depoimentos dos dois. Vedoin está sendo ouvido na PF por um grupo de dez parlamentares. Depois do depoimento, o empresário ganha o direito de aguardar as investigações em liberdade.

AGÊNCIA O GLOBO E RÁDIO GAÚCHA