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 | 03/08/2006 09h50min

Siglas apertam cerco a candidatos suspeitos

Objetivo das legendas é se desvincular do rastro de corrupção

Partidos preocupados em se desvincular do rastro de corrupção deixado pela máfia das sanguessugas estão endurecendo o tratamento dispensado aos parlamentares envolvidos no escândalo. Dos 90 nomes citados na investigação, 40 deverão enfrentar processos disciplinares que podem culminar na expulsão depois da divulgação do relatório da CPI com divulgação prevista para quinta-feira. PSDB e PPS decidiram se antecipar e já anunciaram punições.

O PPS suspendeu preventivamente o deputado Fernando Estima (SP) até a conclusão do processo interno que pode resultar em sua expulsão. Já a executiva nacional do PSDB pediu a exclusão do deputado Paulo Feijó (RJ) e deu prazo até hoje para outros dois parlamentares apresentarem sua defesa. A cúpula do partido espera que o processo de expulsão seja concluído em 35 dias, o que inviabilizaria a candidatura à reeleição.

O PSB abriu processo disciplinar contra seis suspeitos, e o PFL, reunido ontem, decidiu aguardar a divulgação do relatório da CPI para retirar a legenda dos implicados e impedir que concorram à reeleição. Até agora, nove parlamentares pefelistas são suspeitos de integrar a máfia das ambulâncias. Outros três partidos (PP, PMDB e PT) também devem esperar pelo documento para tomar posição. Um dos gaúchos citados, o deputado Érico Ribeiro, é do PP.

Dos principais partidos envolvidos no escândalo, o PTB e o PL (dos outros dois gaúchos envolvidos, o petebista Edir Oliveira e o liberal Paulo Gouvêa) adotaram medidas mais brandas. A assessoria da presidência do PL informou ontem que aguardará manifestações "conclusivas" da CPI, da polícia ou da Justiça para punir algum dos 18 citados. O PTB, com 17 implicados, anunciou que vai aguardar uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Nesse caso, o processo de expulsão poderia terminar com o candidato suspeito já reeleito.

ZERO HORA

 

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