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 | 31/07/2006 22h21min

Itamaraty justifica demora em retirada de mais brasileiros do Líbano

Ônibus com 260 pessoas sairá do leste do país

Um novo comboio de ônibus sairá do Vale do Bekaa, no leste do Líbano, amanhã ao meio-dia (6h de Brasília) para retirar 260 brasileiros do país. Segundo um dos líderes da comunidade brasileira na região, Mohamed Abdouni, que estará no grupo com sua família, o resgate demorou a sair. Mas o Itamaraty alega que faltavam candidatos.

O embaixador Everton Vargas, coordenador do grupo de apoio aos brasileiros, disse nesta segunda-feira que o Itamaraty não estava organizando os comboios porque não dispunha de nomes de pessoas dispostas a integrá-lo.

– Desde sexta-feira, constatamos que houve um fluxo muito grande de pessoas que saíram da região do Bekaa em direção a Damasco por meios próprios. Eles estavam indo em táxis e carros particulares, chegavam à Síria em condições de risco significativo – disse.

O Itamaraty informou que antes de um comboio sair do Bekaa, autoridades israelenses, libanesas, turcas e sírias são avisadas sobre a quantidade de ônibus, horário e local da partida.  Os números da placa do veículo e do celular do motorista são informados. Além disso, os ônibus são identificados com bandeiras brasileiras na parte de cima e dos lados.

O embaixador disse que o comboio de amanhã foi organizado com a ajuda de dois diplomatas que chegaram hoje à cidade de Sultan Yakoub, no Bekaa: o cônsul-geral do Brasil em Beirute, Michel Gapp, e o conselheiro Rui Amaral, que estava na embaixada do Brasil em Damasco. Gapp volta a Beirute amanhã mesmo e Amaral fica no local por tempo indeterminado.

Os diplomatas foram enviados à região porque era preciso saber o motivo de as pessoas estarem saindo por conta própria e não terem solicitado resgate, segundo Vargas. Ele também informou que as operações de resgate continuarão enquanto houver brasileiros que queiram sair da região.

O comboio terá de sair pela fronteira norte do Líbano porque a principal estrada usada para retirar os brasileiros pela fronteira leste foi destruída por um bombardeio israelense ontem. Segundo o Itamaraty, não há previsão de quando a estrada será liberada.

AGÊNCIA BRASIL
 

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