| 31/07/2006 20h27min
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), deixou claro que vai revidar toda provocação por parte do governo federal. Em reação às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que classificou a oposição de desaforada e cobrou de companheiros ousadia para defender a honra e a dignidade do governo e do PT, Bornhausen partiu para o ataque sobre a questão ética.
– Concordo que precisa ser ousado, na verdade, despudorado, alguém que permitiu o mensalão, o valerioduto e os sanguessugas, falar em dignidade, honra e ética – rebateu Bornhausen.
Irritado com a referência feita por Lula ao episódio em que teria se referido aos petistas como "raça que deveria acabar", Bornhausen explicou que se referia ao corruptos do PT e do governo:
– O que afirmei, face à presença de corruptos no governo e no PT, é que eles não ganharão as eleições nos próximos 30 anos e acredito no que disse – disse.
Bornhausen repudiou também as declarações do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que o classificou como político de direita por ter se colocado contra o ProUni. O presidente do PFL explicou que o partido realmente impetrou uma ação de inconstitucionalidade contra a medida provisória do ProUni, mas depois que o Congresso Nacional corrigiu as falhas do projeto, ele votou a favor da proposta.
– São inaceitáveis as insinuações do ministro Tarso Genro sobre minhas convicções políticas. Com 40 anos de honrada vida pública, não sou de direita no sentido pejorativo do discurso tosco e anacrônico do ministro Tarso Genro. Sou, sim, um político direito, cumprindo, pela segunda vez, mandato de senador para o qual fui eleito pelos catarinenses. Presido o PFL que é um partido de centro-reformista – contra-atacou.
Já o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) usou a tribuna do Senado para criticar a ironia de Lula ao comentar o apoio do ex-presidente Itamar Franco ao candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. Incomodado com as declarações de Itamar, que o chamou de arrogante e sem compromisso com a ética, Lula revidou no dia seguinte afirmando que "a pessoa, depois dos 75 anos, pode falar o que quiser".
– O presidente tentou ridicularizar Itamar, como se este fosse um alienado pela idade – afirmou Antonio Carlos.
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