| 28/07/2006 00h55min
Em reportagem da edição desta sexta-feira, com base no depoimento do chefe da máfia dos sanguessugas à Justiça Federal, o jornal O Globo mostra que, para atrair congressistas ao esquema de venda de ambulâncias superfaturadas, a quadrilha operava como um banco. Segundo o depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam, a principal empresa beneficiada pela fraude, o esquema adiantava o pagamento da propina acertada com a maioria dos políticos que apresentavam emendas ao Orçamento para a compra das ambulâncias por prefeituras.
O dinheiro era adiantado sem juros nem pedido de garantias. Ainda de acordo com o depoimento de Vedoin, essa "instituição financeira do crime" tem até hoje créditos com pelo menos oito suspeitos, em torno de R$ 830 mil.
Os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoim, donos da Planam, principal empresa beneficiada pelo esquema, autorizariam os deputados Lino Rossi (PTB-MT) – licenciado – Ricarte de Freitas (PTB-MT), Nilton Capixaba (PTB-RO) e o ex-deputado Carlos Rodrigues (sem partido) a operar pessoalmente na cooptação de outros colegas.
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