| 26/07/2006 08h28min
O Exército israelense matou pelo menos 14 palestinos, entre eles uma menina de 3 anos, e feriu dezenas de pessoas em uma nova ofensiva por terra e ar contra a Faixa de Gaza. A informação foi divulgada hoje por fontes de segurança palestinas.
Os ataques se concentraram no bairro de Ash Shaaf, ao nordeste da Cidade de Gaza, e no campo de refugiados de Jabalya.
As fontes informaram que dezenas de carros de combate, escavadeiras e outros veículos blindados entraram hoje no bairro de Ash Shaaf.
Jom'a al-Saka, porta-voz do hospital de Shifa da Cidade de Gaza, disse que o número de mortos chega a oito só no bairro de Ash Shaaf – onde morreu a menina de 3 anos – e que, entre os feridos, há vários em estado grave.
Como parte desta nova operação israelense na Faixa de Gaza, que o Exército batizou de Colunas de Sansão, cerca de 50 carros de combate invadiram também o norte, de onde combatentes palestinos costumam lançar seus
foguetes Qassam contra localidades do sul de
Israel.
Segundo fontes médicas palestinas, cinco palestinos morreram no campo de refugiados de Jabalya, a maior concentração de refugiados palestinos de todo Oriente Médio, com 100 mil habitantes.
Os cinco palestinos de Jabalya, aparentemente milicianos do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), morreram quando um carro blindado revidou um ataque feito por eles com um foguete antitanques.
Uma aeronave israelense fez disparos nesta madrugada contra um acampamento de treinamento das forças de segurança do Ministério do Interior da Autoridade Nacional Palestina (ANP), vinculadas ao Hamas, no norte da Cidade de Gaza. Oito pessoas ficaram feridas e uma delas morreu mais tarde no hospital.
Com esta nova invasão no território palestino, o Exército israelense continua sua luta contra as facções armadas sob a alegação da captura do soldado israelense Gilad Shalit, em 25 de junho, e do lançamento de foguetes artesanais contra
Israel.
Israel combate há duas semanas simultaneamente
em Gaza e no Líbano. Neste último, o confronto começou após o Hezbollah ter matado em 12 de julho oito soldados israelenses e ter capturado outros dois, que ainda estão seqüestrados.
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